quarta-feira, 1 de abril de 2020

CRONOGRAMA DE CONTEÚDOS


ARTE
BIOLOGIA
FILOSOFIA
FÍSICA
1. Barroco
1. Níveis de Organização Biológica
1. Bullying
1. Energia

2. Características Gerais dos Seres Vivos
2. Consumismo
2. Eletrização

3. Método Científico
3. Surgimento da Filosofia
3. Cinemática: Velocidade Média

4. Bioquímica
4. Conceito de Liberdade
4. Ondulatória

5. Água e Sais Minerais
5. Mito
5. Óptica: Espelhos e Lentes

6. Carboidratos
6. Valores
6. Dinâmica: Trabalho e Potência

7. Lipídios
7. Tipos de Amor
7. Eletricidade e Magnetismo

8. Proteínas
8. Adolescência
8. Leis de Newton

9. Enzimas
9. Política


10. Vitaminas



11. Ácidos Nucleicos



12. As Células



13. Organelas Citoplasmáticas



14. Histologia



15. Sistema Digestório



16. Sistema Respiratório



17. Composição do Sangue



18. Reino Animalia
19. Reino Plantae



GEOGRAFIA GERAL
GEOGRAFIA DO BRASIL
HISTÓRIA GERAL
HISTÓRIA DO BRASIL
1. Eras Geológicas
1. Atmosfera
1. Pré-História
1. Chegada dos Portugueses
2. Regionalização
2. Hidrosfera
2. Idade Média
2. Ciclo do Açúcar
3. África
3. Urbanização
3. Império Bizantino e Mundo Árabe
3. Expansão da América Portuguesa
4. Ásia
4. Região Norte
4. As Cruzadas
4. Mineração
5. Japão e Tigres Asiáticos
5. Região Sul
5. Sociedades da África e Povos Mesoamericanos
5. Vinda da Família Real e Período Joanino
6. China e Índia
6. Região Nordeste
6. Absolutismo e Mercantilismo
6. Primeiro Reinado
7. América Latina
7. Região Sudeste
7. Renascimento
7. Período Regencial
8. Guerra Fria
8. Região Centro-Oeste
8. Reformas Religiosas
8. Segundo Reinado
9. Globalização
9. Regiões Geoeconômicas
9. Revolução Inglesa
9. República Velha
10. Nova Ordem Mundial

10. Revolução Industrial
10. Era Vargas
11. Blocos Econômicos

11. Iluminismo
11. Governo Eurico Gaspar Dutra
12. Oriente Médio

12. Revolução Francesa
12. Segundo Governo Vargas


13. Período Napoleônico



14. Imperialismo



15. Revolução Russa



16. Primeira Guerra Mundial



17. Crise de 1929



18. Período Entre Guerras



19. Segunda Guerra Mundial



20. Mesopotâmia
21. Grécia
22. Egito


LITERATURA
PORTUGUÊS
QUÍMICA
SOCIOLOGIA
1. Trovadorismo
1. Vozes Verbais
1. A Matéria e seus Estados Físicos
1. O Nascimento da Sociologia
2. Quinhentismo
2. Tipos de Predicado
2. Transformação da Matéria
2. Cidadania
3. Classicismo
3. Orações Coordenadas
3. Substâncias e Misturas
3. Internet
4. Barroco
4. Orações Subordinadas
4. Modelos Atômicos
4. Instituições Sociais
5. Arcadismo
5. Termos da Oração
5. Tabela Periódica

6. Romantismo
6. Classificação do Sujeito


7. Realismo



8. Naturalismo







































NATURALISMO


(UNIFESP) A questão a seguir baseia-se no seguinte fragmento do romance O cortiço (1890), de Aluísio Azevedo (1857-1913).

O cortiço
       Fechou-se um entra-e-sai de marimbondos defronte daquelas cem casinhas ameaçadas pelo fogo. Homens e mulheres corriam de cá para lá com os tarecos ao ombro, numa balbúrdia de doidos. O pátio e a rua enchiam-se agora de camas velhas e colchões espocados. Ninguém se conhecia naquela zumba de gritos sem nexo, e choro de crianças esmagadas, e pragas arrancadas pela dor e pelo desespero. Da casa do barão saíam clamores apopléticos; ouviam-se os guinchos de Zulmira que se espolinhava com um ataque. E começou a aparecer água. Quem a trouxe? Ninguém sabia dizê-lo; mas viam-se baldes e baldes que se despejavam sobre as chamas.
        Os sinos da vizinhança começavam a badalar:
        E tudo era um clamor.
      A Bruxa surgiu à janela da sua casa, como à boca de uma fornalha acesa. Estava horrível; nunca fora tão bruxa. O seu moreno trigueiro, de cabocla velha, reluzia que nem metal em brasa; a sua crina preta, desgrenhada, escorrida e abundante como as das éguas selvagens, dava-lhe um caráter fantástico de fúria saída do inferno. E ela ria-se, ébria de satisfação, sem sentir as queimaduras e as feridas, vitoriosa no meio daquela orgia de fogo, com que ultimamente vivia a sonhar em segredo a sua alma extravagante de maluca.
       Ia atirar-se cá para fora, quando se ouviu estalar o madeiramento da casa incendiada, que abateu rapidamente, sepultando a louca num montão de brasas.
(Aluísio Azevedo. O cortiço)

01. O caráter naturalista dessa obra de Aluísio Azevedo oferece, de maneira figurada, um retrato de nosso país, no final do século XIX. Põe em evidência a competição dos mais fortes, entre si, e estes, esmagando as camadas de baixo, compostas de brancos, pobres, mestiços e escravos africanos. No ambiente de degradação de um cortiço, o autor expõe um quadro tenso de misérias materiais e humanas.

No fragmento, há várias outras características do Naturalismo. Aponte a alternativa em que as duas características apresentadas são corretas:
a) Exploração de comportamento animal e dos instintos baixos; enfoque da vida e dos fatos sociais contemporâneos ao escritor.
b) Visão subjetiva dada pelo foco narrativo; tensão conflitiva entre o ser humano e o meio ambiente.
c) Preferência pelos temas do passado, propiciando uma visão objetiva dos fatos; crítica aos valores burgueses e predileção pelos mais pobres.
d) A onisciência do narrador imprime-lhe o papel de criador e se confunde com a ideia de Deus; utilização de preciosismos vocabulares, para enfatizar o distanciamento entre a enunciação e os fatos enunciados.
e) Exploração de um tema em que o ser humano é aviltado pelo mais forte; predominância de elementos anticientíficos, para ajustar a narração ao ambiente degradante das personagens.

02. (UFV-MG) Leia o texto a seguir, retirado de O cortiço, e faça o que se pede:

       Eram cinco horas da manhã e o cortiço acordava, abrindo, não os olhos, mas a sua infinidade de portas e janelas alinhadas.
Um acordar alegre e farto de quem dormiu de uma assentada, sete horas de chumbo.
       [...]
       O rumor crescia, condensando-se; o zunzum de todos os dias acentuava-se; já se não destacavam vozes dispersas, mas um só ruído compacto que enchia todo o cortiço. Começavam a fazer compras na venda; ensarilhavam-se discussões e rezingas; ouviam-se gargalhadas e pragas; já se não falava, gritava-se. Sentia-se naquela fermentação sanguínea, naquela gula viçosa de plantas rasteiras que mergulham os pés vigorosos na lama preta e nutriente da vida, o prazer animal de existir, a triunfante satisfação de respirar sobre a terra.
AZEVEDO. Aluísio. O cortiço. 15. ed. São Paulo: Ática, 1984, p. 28-29.

Assinale a alternativa que NÃO corresponde a uma possível leitura do fragmento citado:
a) No texto, o narrador enfatiza a força do coletivo. Todo o cortiço é apresentado como um personagem que, aos poucos, acorda como uma colmeia humana.
b) O texto apresenta um dinamismo descritivo, ao enfatizar os elementos visuais, olfativos e auditivos.
c) O discurso naturalista de Aluísio Azevedo enfatiza nos personagens de "O cortiço" o aspecto animalesco, "rasteiro" do ser humano, mas também a sua vitalidade e energia naturais, oriundas do prazer de existir.
d) Através da descrição do despertar do cortiço, o narrador apresenta os elementos introspectivos dos personagens, procurando criar correspondências entre o mundo físico e o metafísico.
e) Observa-se, no discurso de Aluísio Azevedo, pela constante utilização de metáforas e sinestesias, uma preocupação em apresentar elementos descritivos que comprovem a sua tese determinista.

03. Para responder à questão, analisar as afirmativas que seguem, sobre a obra O cortiço, de Aluísio Azevedo:

I. Romance no qual as pessoas existem em função de um espaço que simboliza forças econômicas em luta.
II. Os dramas individuais de Jerônimo, Firmo, Leónie, Pombinha, Bertoleza, Estela são corriqueiros, simples incidentes num contexto maior, denunciado pela voracidade. Nesse contexto, a visão de conjunto é mais importante que a visão singular.
III. O que une os habitantes daquele espaço sob o domínio de João Romão é a pobreza, a feiura, o sentido de derrota antecipada.
IV. O livro termina na auto-imolação de Bertoleza ao descobrir que fora enganada: sua carta de alforria era uma mentira e seu amante, não tendo coragem de matá-la, restituía-a ao cativeiro.
V. A luta entre os "cabeças-de-gato" e os "carapicus" é interrompida por causa de um incêndio provocado.

Pela análise das afirmativas, conclui-se que está correto o que se afirma em:
a) I.
b) II.
c) II e III.
d) III e IV.
e) I, II, III, IV e V.

04. (ITA-SP) Assinale a alternativa em que se completa erradamente a seguinte proposição: Do romance O cortiço, pode-se dizer que:
a) é um romance urbano.
b) o autor admite a influência do meio no comportamento do indivíduo.
c) alcança a época da escravidão.
d) Romão é tudo, menos um ingrato.
e) o protagonista não se contenta com a ascensão econômica, quer a social também.

05. Considere as afirmações sobre o Naturalismo no Brasil:

I. Raça, clima, época, temperamento, bem como educação são fatores determinantes na conduta do homem na perspectiva naturalista.
II. O romance naturalista privilegia o homem metafísico em detrimento do homem natural, cujas ações e intenções são baseadas no instinto.
III. Tem como características, entre outras, o determinismo biológico, a tematização do patológico e a aplicação do método experimental.

É certo concluir que:
a) apenas I está correta.
b) apenas II está correta.
c) apenas III está correta.
d) I e III estão corretas.
e) I, II e III estão corretas.


GABARITO

01. A

02. D

03. E

04. D

05. D

REALISMO


01. Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado da nossa miséria.
(Machado de Assis. Memórias póstumas de Brás Cubas)
Machado de Assis escreveu uma vasta e variada obra, sobre a qual podemos afirmar:
I. É permeada pelo pessimismo do autor - evidente na declaração que abre a questão - aliado a uma fina ironia e aguçado senso crítico.
II. Inclui contos, poemas e romances, e supera estilos e modas, sendo uma literatura com características próprias e únicas.
III. Como ficcionista, inicia-se no Romantismo e evolui para o Realismo, porém ultrapassa as limitações de escolas literárias e tem em Memórias póstumas de Brás Cubas seu livro-marco, a partir do qual se inicia a fase mais profunda e madura do autor.
IV. Seus personagens não são seres extraordinários, nem procedem de maneira heroica. O autor não se interessa pela descrição do exterior, mas penetra nas consciências dos personagens, revelando a verdade de cada um deles.

Está(ão) correta(s):
a) I.
b) I e III.
c) II, III e IV.
d) III.
e) I, II, III e IV.

02. Leia as informações abaixo e assinale a alternativa que traduz a situação histórica do Realismo:

a) O sentimentalismo e o confessionismo comparecem na poesia como na prosa, ratificando a força que assume a individualidade, o culto do eu e mesmo o narcisismo. Os sentimentos são intensificados, as emoções são hiperbólicas, razão e o equilíbrio se ausentam a fim de possibilitarem a fluência da intimidade. Por isso mesmo o amor, o gosto pela solidão, o exagero, a morte e a dúvida existencial constituem lugar comum no registro poético.

b) Valorização do imediato e do cotidiano, que se concretiza mediante textos, tanto poéticos, ficcionais, aderentes à realidade atual e vivida, independentemente de qualquer status preconcebido literariamente. Tudo passa a ser, em princípio, matéria de arte, fato que é atestado inclusive pela importância que se atribui à crônica e ao conto. Neste sentido, parece ter sido enorme o influxo das técnicas jornalísticas na área de criação estética.

c) Em resumo, a ideologia pode ser sintetizada da seguinte forma: no plano social e econômico - o progresso técnico, as facilidades de transporte, o domínio da burguesia, o crescimento das cidades, as reivindicações operárias, o liberalismo e o socialismo em formação e o desenvolvimento; na moral - o livre pensamento, o ateísmo e o fatalismo; nas ciências - o experimentalismo, o fisiologismo, o positivismo e o materialismo.

d) Seus pressupostos são de natureza relativista e individualista. O ponto de que parte, quanto à observação da realidade, é que esta não se submete a uma visão racional e, em consequência, a beleza não pode resultar de uma perspectiva intelectualizada do real. Além disso, defende um conceito de poesia alienado da realidade onde não são acatados valores que não sejam exclusivamente poéticos, ou seja, valores sociais, políticos, morais, etc.

e) A ficção se afirma, paralelamente à poesia, e novos gêneros passam a impor-se no gosto do público. É o caso do romance, cuja importância é, desde então, crescente. Cria-se o romance histórico, em que, com elementos trazidos da pesquisa do passado, se restauram ambientes perdidos passados no tempo, personagens e situações que, mantendo relativo vínculo com a realidade passada, ilustram sentimentos atuais.

03. Leia com atenção, o seguinte fragmento extraído das Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis para responder a questão.

       "(...) eu não sou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor, para quem a campa foi outro berço; (...)
       Dito isto, expirei às duas horas da tarde de uma sexta-feira do mês de agosto de 1869, na minha bela chácara de Catumbi. Tinha uns sessenta e quatro anos, rijos e prósperos, era solteiro, possuía cerca de trezentos contos e fui acompanhado ao cemitério por onze amigos. Onze amigos! Verdade é que não houve cartas nem anúncios. Acresce que chovia - peneirava - uma chuvinha miúda, triste e constante, tão constante e tão triste que levou um daqueles fiéis da última hora a intercalar esta engenhosa ideia no discurso que proferiu à beira de minha cova:
       '- Vós, que o conhecestes, meus senhores, vós podeis dizer comigo que a natureza parece estar chorando a perda irreparável de um dos mais belos caracteres que têm honrado a humanidade. Este ar sombrio, estas gotas do céu, aquelas nuvens escuras que cobrem o azul com um crepe funéreo, tudo isso é a dor crua e má que lhe rói a natureza as mais íntimas estranhas; tudo isso é um sublime louvor ao nosso ilustre finado.'
       Bom e fiel amigo! Não, não me arrependo das vinte apólices que lhe deixei. E foi assim que cheguei à cláusula dos meus dias; foi assim que me encaminhei para o undiscovered country (país não-descoberto) de Hamlet, sem as ânsias nem as dúvidas do moço príncipe, mas pausado e trôpego como quem se retira tarde do espetáculo. Tarde e aborrecido."

Considere as seguintes afirmações sobre o uso da linguagem nesse fragmento do texto de Machado de Assis.
I. O texto exemplifica a linguagem padrão tanto no nível mais formal, o do discurso fúnebre, quanto no mais distenso, afetivo mesmo, a descrição da chuva na hora do sepultamento.
II. Na primeira frase do fragmento, há um jogo verbal em que a mudança da ordem sintática estabelece mudança de significado relevante para as intenções do narrador.
III. Nessa parte do romance, Machado de Assis valeu-se apenas do discurso direto na construção com o foco narrativo de primeira pessoa.

São corretas as afirmações:
a) I, II e III.
b) I e II, somente.
c) I e III, somente.
d) II e III, somente.
e) nenhuma.


GABARITO

01. E

02. C

03. B

terça-feira, 31 de março de 2020

ARCADISMO


01. Leia os versos de "Luar do Sertão":

[...] Oh! Que saudade do luar da minha terra
Lá na serra branquejando
Folhas secas pelo chão
Esse luar cá de cidade tão escuro
Não tem aquela saudade
Do luar lá do sertão!

Os versos acima ilustram características do Arcadismo:
a) exaltação à natureza da terra natal.
b) declarada contenção dos sentimentos.
c) expressão de sentimentos universais.
d) volta ao passado para escapar das agruras do presente.
e) oposição entre o campo e a cidade.

02. Leia os versos transcritos a seguir:

                   Texto I
Alguém há de cuidar que é frase inchada,
Daquela que lá se usa entre essa gente
Que julga que diz muito e não diz nada.
                                            (Cláudio Manuel da Costa)

                   Texto II
Irás a divertir-te na floresta,
Sustentada, Marília, no meu braço;
Aqui descansarei a quente sesta;
Dormindo um leve sono em teu regaço.
                                            (Tomás Antonio Gonzaga)

Os dois textos servem de exemplo para lemas difundidos pelas arcádias. São, respectivamente:
a) fugere urbem e locus amoenus.
b) inutilia truncat e locus amoenus.
c) carpe diem e fugere urbem.
d) locus amoenus e inutilia truncat.
e) inutilia truncat e carpe diem.

03. (U. F. Ouro Preto-MG) Com relação a "Marília de Dirceu", de Tomás Antonio Gonzaga, assinale a alternativa incorreta:
a) As liras que compõem o livro são quase sempre poemas de lirismo amoroso que invocam a pastora Marília, amada do pastor Dirceu.
b) Apesar de invocarem com grande frequência o tema do amor, as liras não apresentam a atmosfera experimentada dos conflitos de paixão, antes exaltam a serenidade e a naturalidade na relação amorosa.
c) Muitas das liras são dedicadas à tarefa de demonstrar à bem-amada a ordem a harmonia das coisas naturais.
d) Tendo sido Gonzaga um inconfidente, escreveu esse livro para descrever a situação geral da Colônia, oprimida pela exploração ferrenha da metrópole portuguesa.
e) Algumas liras são destinadas a afirmar a dignidade e a valia do pastor Dirceu. Grande parte delas foi escrita no período em que Gonzaga esteve preso e, assim, revela-se, sob o disfarce do pastor, a presença dos dramas pessoais do autor, caído em desgraça, no momento da produção dos poemas.

04. Considere as afirmativas abaixo referentes ao Arcadismo brasileiro e coloque V ou F:

(     ) Os poetas enfatizam a subjetividade, pois estavam convencidos de que deviam expressar em seus textos sentimentos intensos, passionais e impulsivos.
(      ) A vinculação ao mundo natural se dá através de uma poesia de caráter pastoril.
(    ) A valorização da paz campestre e da harmonia natural se contrapunha também à instabilidade do cenário político e social do período: os anos 1.700 foram marcados por diversas crises.
(    ) Defende-se a imitação da simplicidade dos autores clássicos, que produziram suas obras na Antiguidade greco-romana e no Barroco.
(      ) A natureza adquire um sentido de simplicidade, verdade e harmonia, impondo-se como modelo para a realização do ser humano.

A alternativa que apresenta a sequência correta é:
a) F, F, F, V, V.
b) V, V, V, F, F.
c) F, V, V, F, V.
d) F, V, F, V, F.
e) F, F, V, V, F.

05. (Enem) Considerando o soneto de Cláudio Manoel da Costa e os elementos constitutivos do Arcadismo brasileiro, assinale a opção correta acerca da relação entre o poema e o momento histórico de sua produção.

1    Torno a ver-vos, ó montes; o destino
      Aqui me torna a pôr nestes outeiros,
      Onde um tempo os gabões deixei grosseiros
4    Pelo traje da Corte, rico e fino.

      Aqui estou entre Almendro, entre Corino,
      Os meus fiéis, meus doces companheiros,
7     Vendo correr os míseros vaqueiros
      Atrás de seu cansado desatino.

      Se o bem desta choupana pode tanto,
10   Que chega a ter mais preço, e mais valia
      Que, da Cidade, o lisonjeiro encanto,

      Aqui descanse a louca fantasia,
13   E o que até agora se tornava em pranto
      Se converta em afetos de alegria.
                                            Claudio Manoel da Costa. In: Domício Proença Filho, A poesia dos inconfidentes. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2002, p. 78-9.

a) Os "montes" e "outeiros", mencionados na primeira estrofe, são imagens relacionadas à Metrópole, ou seja, ao lugar onde o poeta se vestiu com traje "rico e fino".
b) A oposição entre a Colônia e a Metrópole, como núcleo do poema, revela uma contradição vivenciada pelo poeta, dividido entre a civilidade do mundo urbano da Metrópole e a rusticidade da terra da Colônia.
c) O bucolismo presente nas imagens do poema é elemento estético do Arcadismo que evidencia a preocupação do poeta árcade em realizar uma representação literária realista da vida nacional.
d) A relação de vantagem da "choupana" sobre a "cidade", na terceira estrofe, é formulação literária que reproduz a condição histórica paradoxalmente vantajosa da Colônia sobre a metrópole.
e) A realidade de atraso social, político e econômico do Brasil Colônia está representada esteticamente no poema pela referência, na última estrofe, à transformação do pranto em alegria.

06. (UPE) Sobre as Cartas Chilenas e o contexto histórico-literário em que se inserem, analise as proposições a seguir.

I. As Cartas Chilenas constituem o primeiro caso brasileiro de produção de poemas satíricos, ou seja, poemas destinados à sátira de situações sociais e políticas.
II. Valendo-se de nomes fictícios, as cartas fazem referências à administração de Luís da Cunha de Meneses, governador da capitania de Minas Gerais, de 1783 a 1788.
III. O poeta se utilizou de uma série de convenções retóricas que faziam parte dos princípios literários do Arcadismo.
IV. Nas cartas, a descrição da natureza constitui um prenúncio do Romantismo brasileiro, uma vez que a alma do poeta divaga nas imagens descritas.
V. Visto que as cartas foram distribuídas anonimamente, não se sabe, hoje, ao certo quem as escreveu; o que há são suposições infundadas.

Estão corretas apenas:
a) I, II e III.
b) I, IV e V.
c) II, III e V.
d) III e IV.
e) I, II, III e V.


GABARITO

01. E

02. C

03. D

04. C

05. B

06. A

BARROCO


01. (UEL/PR) O Barroco manifesta-se entre os séculos XVI e XVII, momento em que os ideais da Reforma entram em confronto com a Contrarreforma católica, ocasionando no plano das artes uma difícil conciliação entre o teocentrismo e o antropocentrismo. A alternativa que contém os versos que melhor expressam esse conflito é:

a) Um paiá de Monal, bonzo bramá
    Primaz da Cafraria do Pegu,
    Que sem ser do Pequim, por ser do Açu,
    Quer ser filho do sol, nascendo cá.
    (Gregório de Matos)

b) Temerária, soberba, confiada,
     Por altiva, por densa, por lustrosa,
     A exaltação, a névoa, a mariposa,
     Sobe ao sol, cobre o dia, a luz lhe enfada.
     (Botelho de Oliveira)

c) Fábio, que pouco entendes de finezas!
    Quem faz só o que pode a pouco obriga:
    Quem contra os impossíveis se afadiga,
    A esse cede amor em mil ternezas.
    (Gregório de Matos)

d) Luzes qual sol entre astros brilhadores,
    Se bem rei mais propício, e mais amado;
    Que ele estrelas desterra em régio estado,
    Em régio estado não desterras flores.
    (Botelho de Oliveira)

e) Pequei, Senhor; mas não porque hei pecado,
    Da vossa alta clemência me despido;
    Porque quanto mais tenho delinquido,
    Vos tenho a perdoar mais empenhado.
    (Gregório de Matos)

02. Leia os textos a seguir para responder a questão.

I. Pobre terra da Bruzundanga! Velha, na sua maior parte, como o planeta, toda a sua missão tem sido criar a vida, e a fecundidade para os outros, pois nunca os que nela nasceram, os que nela viveram, os que a amaram e sugaram-lhe o leite, tiveram sossego sobre o seu solo!
(Lima Barreto. AS BRUZUNDANGAS)
II. Senhora Dona Bahia,
    nobre e opulenta cidade,
    madrasta doa Naturais,
    e dos Estrangeiros madre.
    Dizei-me por vida vossa,
    Em que fundais o ditame
    De exaltar os que aí vêm,
    E abater os que ali nascem?
                              (Gregório de Matos. POESIAS SELECIONADAS)

Analise as afirmações:
I. Lima Barreto e Gregório de Matos estão distantes, cronologicamente, na literatura brasileira. Mas os autores podem ser aproximados pelo teor lírico que imprimiram às suas obras.
II. Os dois textos falam da dificuldade que os brasileiros têm de viver em sua terra, enquanto os estrangeiros aqui enriquecem com facilidade.
III. Podemos identificar as figuras de linguagem: aliteração, no texto I, e antítese, no texto II.

Está(ão) correta(s):
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) I e II.
e) II e III.

03. Leia este soneto: Achando-se um braço perdido do menino Deus de N. S das maravilhas, que desacataram infiéis na sé da Bahia.

                Soneto
O todo em parte não é todo;
A parte sem o todo não é parte;
Mas se a parte o faz todo, sendo parte,
Não se diga que é parte, sendo todo.

Em todo o sacramento está Deus todo,
E todo assiste inteiro em qualquer parte,
E feito em partes todo em toda a parte,
Em qualquer parte sempre fica todo.

O braço de Jesus não seja parte,
Pois que feito Jesus em partes todo,
Assiste cada parte em sua parte.

Não se sabendo parte deste todo,
Um braço que lhe acharam, sendo parte,
Nos diz as partes todas deste todo.
                              (Gregório de Matos. Poemas escolhidos. São Paulo: Cultrix, 1976.)

Analise as afirmações sobre esse poema:
I. O soneto valoriza cada parte do corpo inteiro de Cristo.
II. O poeta considera sagrado apenas o corpo inteiro e não as partes.
III. O texto é satírico e humaniza a figura divina de Cristo.

Assinale a alternativa correta a respeito das afirmações:
a) Apenas I está correta.
b) Apenas II está correta.
c) Todas estão corretas.
d) Apenas III está correta.
e) Apenas I e II estão corretas.

04. Leia as estrofes:

I. "Nariz de embono
    com tal sacada
    que entra na escada
    duas horas primeiro
    que seu dono"
                       (Gregório de Matos)

II. "Terra que não aparece
     Neste mapa universal
     Com outra; ou são ruins todas,
     Ou ela somente é má".
                       (Gregório de Matos)

Essas estrofes pertencem a que tipo de poesia de Gregório de Matos?
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GABARITO

01. E

02. E

03. A

04. Poesias satíricas